Meu trabalho de parto iniciou de uma maneira que nunca esperaria, calmo e devagar... Acreditava que minha bolsa iria romper ou iria sentir contrações fortes, mas na noite de quinta-feira (10/09) ás 22:00 hs comecei a sentir pequenas contrações, porém já meio frequentes ( de 5/5 minutos). Avisamos a nossa doula, que entrou em contato com nossa obstetra Dra Sandra Valéria a qual nos orientou ir á maternidade só pra avaliação e avaliar os batimentos cardíacos do nosso filho. Assim, fomos eu e meu marido para a maternidade aonde ficamos sabendo que estávamos com 2 cm de dilatação e que deveríamos voltar para a casa. Pois bem, voltamos, fui até dormir, pois as dores estavam suportáveis, quase leves. Lá pelas 02:00hs acordei com as contrações oscilando entre 3 e 6 minutos decidimos voltar para a maternidade. Desta vez a Dra. pediu que já nos internássemos ( pois já não haviam vagas na maternidade)... Depois de pouco tempo, nossa doula Fabrina chegou e começamos a nos exercitar: bola, agachamentos, massagens, compressões, tudo para aliviar e estimular melhor as contrações. Pelas 09:00 hs da manhã as dores já estavam mais intensas e fui para o chuveiro com meu marido para tentar amenizar... Fiquei lá por um tempo, até que a dor começou a ficar insuportável e então a Fá pediu pra Dra solicitar a sala de parto que tinha a tão sonhada banheira... mas nem precisou, ela já havia reservado !! Descemos então á sala de parto, onde recorri á banheira... Neste momento a dor começou a ficar indiscritível, pensava que não iria conseguir ir a diante e comecei a pedir analgesia, cesárea e tudo aquilo que anteriormente havia dito que não gostaria que fosse realizado neste dia. Há todo momento a Sandra, a Fabrina e o meu marido ficavam me relembrando o quanto eu havia me preparado para o parto e não podia abrir mão disso... Quando realmente já estava esgotada, a médica fez o toque e estava com 9 pra 10 cm !!! Um pouco mais e já fomos pra banqueta... estava na hora do meu manino nascer... Comecei a fazer força, muita força porém não via o desenrolar do parto, até que a Fá pegou um espelho e me mostrou que a cabeça do meu filho estava coroando, contração atras de contração, mas a Dra que ficava a cada minuto ouvindo os batimentos do meu Joca, falou que os batimentos dele estavam começando a cair e ele tinha que nascer. Naquele momento me conectei e falei com meu filho... " Vamos nascer filho"!!
Naquele momento me conectei e falei mais com meu Joaquim, que iríamos fazer aquilo junto e que eu estava o esperando e tinha chegado a hora dele nascer. Nesse momento a médica ouviu novamente os batimentos e já estavam regulares de novo. Aquilo para mim foi tudo... me deu toda a força que precisava e eu olhando pro espelho, fazendo força, ví quando ele nasceu e veio direto para meus braços...
Hoje, revendo este dia pelo qual me preparei tanto, vejo que tenho muita sorte. Principalmente por ter um marido único, que ficou ao meu lado desde o momento da escolha do parto humanizado até o nascimento, me incentivando e me dando o suporte necessário para que eu pudesse parir o nosso filho com muito amor.procurou me instruir, me incentivar e que na hora do parto, as suas mãos foram milagrosas, me massageando,
Muita sorte por ter uma médica que ficou na maioria do parto calada, mas quando foi necessário me disse as palavras mais doces do mundo ao meu ouvido. Obrigada Dra Sandra!
Sorte também porque encontrei um anjo intitulado como doula, que ao longo de toda a gestação procurou me instruir, me incentivar e que na hora do parto, as suas mãos foram milagrosas, me massageando com todo carinho do mundo, fazendo manobras que me fizeram suportar tudo aquilo. Que bom que em Campo Grande temos profissionais como vocês, que optaram não pelo caminho mais fácil (pois o parto vaginal demanda de muito tempo destas pessoas, tempo que poderiam estar com suas famílias e em suas casas) mas optaram por auxiliar "estranhas" a cumprirem o sonho de trazerem seus filhos ao mundo simplesmente da maneira mais humana e doce possível.
Obrigada minhas lindas por respeitarem este momento de fragilidade, por me respeitarem enquanto mulher e por respeitarem a vida do meu filho. Por isso, eu lhes devo minha eterna gratidão!
Por Taciane Bonamigo , esposa do super pai Fernando e do filho amado Joaquim <3
Nenhum comentário:
Postar um comentário