Conhecê-las é fundamental para a elaboração de um plano de parto coerente com a intenção de prover o melhor para a mãe e para o bebê.
" Mudanças vem de dentro para fora... tanto de profissionais da saúde quanto das próprias gestantes!!! Atualmente este cenário vem mudando em nossa Capital, e as mulheres estão cada dia mais buscando informações e profissionais que de verdade " se doam", que as acolhe de maneira mais carinhosa e humana. Estes médicos existem sim, tanto na rede SUS quanto na rede particular. Não posso ser hipócrita e dizer que ir parir no SUS você mulher grávida, irá encontrar 100% de médicos humanizados, estarei mentindo. Mas há sim uma parcela de médicos de plantões que estão adotando este tipo de parto, pois na minha concepção eu creio que estes seres humanos tem carinho e respeito ao próximo, e têm conhecimento que muitas das intervenções adotadas durante o trabalho de parto e parto são desnecessárias. Basta se atualizar e acreditar no corpo feminino que tudo pode ser tornar mais especial para esta gestante/parturiente.
Portanto, pra você gestante, que sonha em ter um parto normal humanizado, tem que correr atrás de informação... e muuuita!!! Ler, estudar, buscar grupos de apoios, sites de apoio ao parto normal e etc. Ter uma Doula ou conversar com uma delas, é importante também, mas não que você não consiga parir sem a presença de uma ( isto nunca ) , mas nós damos apoio físico e emocional durante a gestação, trabalho de parto e parto. Também estamos ao meio de pessoas e profissionais de saúde Humanizados, então as doulas podem te ajudar a procurar um médico que realmente te respeite, ampare e que sabe "assistir" a um parto via vaginal.
E aqui em Campo Grande, não vou hesitar em dizer com que já trabalhei e segue esta linha:
Sandra Valéria Nogueira, Wilson Ayach, Paula Lidiane, Rubia Loureiro, Juliane Chaia, Dani Scarpin, Angela Miyuki e Hanimme Nogueira ( estas 4 últimas participei só durante trabalho de parto).
Tenho enorme carinho e admiração por estes profissionais. Obrigada por acolher tantas mulheres diariamente.
Esta semana está saindo muito nas redes sociais uma entrevista com o médico Braulio Zorzella, o mesmo possui 90% de índices de Parto Normal Humanizado.
Segue link para leitura
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/medico-com-90-de-partos-normais-no-curriculum-afirma-e-possivel-nao-se-corromper-e-oferecer-seguranca-no-parto/
Uma das vantagens do parto humanizado é o contato pele a pela imediato!
O Brasil é o país campeão de cirurgias cesarianas no mundo. Na rede particular de saúde, 82% dos bebês nascem assim. Na pública, 37%. Mais que o dobro da estimativa aceita pela Organização Mundial da Saúde, que é de 15%. Além dos riscos da cirurgia, os procedimentos considerados padrão para os partos feitos nos centros cirúrgicos acabam impedindo medidas que fazem bem para o binômio mãe-bebê, como amamentação na primeira hora e clampeamento tardio do cordão umbilical.
No parto humanizado, por outro lado, o bem-estar da parturiente e do bebê são colocados em primeiro lugar. A mulher tem autonomia para decidir como quer parir. Ela escolhe a melhor posição e tem apoio da equipe médica para se movimentar, comer, beber, tomar, banho. Pode reduzir a luminosidade do ambiente, ouvir músicas e contar com o suporte do esposo ou de outras pessoas, como a doula (mulher que presta o serviço de assistência à parturiente). O trabalho dos envolvidos é no sentido de garantir que ela esteja em um ambiente seguro, acolhedor e tranquilo.
Segundo as recomendações da OMS, o parto humanizado é aquele que promove; incentivo ao parto vaginal; incentivo ao aleitamento materno (preferencialmente nos primeiros momentos de vida do bebê); alojamento conjunto com o bebê; presença de acompanhante; redução de intervenções tecnológicas desnecessárias como a episiotomia (corte feito na região genital para facilitar a passagem do bebê), aplicação de ocitocina artificial e medicalização; estímulo às técnicas mecânicas de alívio da dor (massagens, banhos, caminhar livremente); abolição de práticas como enema (lavagem intestinal) e tricotomia (raspagem de pêlos).
Dessa forma, a mulher passa a ter benefícios como:
- ser tratada com respeito pela equipe médica;
-ter autonomia para escolher como passar pelo trabalho de parto e posição de parto;
-ter assistência de uma doula, caso opte;
-fazer uso de técnicas para alívio da dor como banho quente, liberdade de movimento, massagens;
-redução do índice de depressão pós-parto;
-aumento do vínculo mãe-bebê, com o contato pele a pele e amamentação imediatas.
Para o bebê, também é vantajoso. Além de ir direto para os braços da mãe e poder mamar logo que nascer, bebê é poupado de procedimentos e exames físicos, ou o de profilaxia da oftalmia neonatal, logo que nasce. Se o cordão umbilical é cortado após para de pulsar, o bebê ainda tem os benefícios como uma quantidade extra de ferro, o que evita a anemia neonatal.
