Pródromos:
Eu já estava em pródromos há um mês, sentindo colicazinhas, dorzinhas na lombar que iam até as pernas... como se eu fosse menstruar... incomodava, mas era suportável... comecei a sentir os pródromos mais intensos depois de uma caminhada que fiz com minha mãe, voltei da caminhada exausta, isso porque nem foi por muito tempo, mas pra mim já era muito... Nesse período de pródromos perdi meu tampão numa sexta-feira, eu e meu marido ficamos super felizes porque imaginamos que o trabalho de parto estava chegando, avisei minha GO Paula Lidiane e minha doula Tati, que queria me ver no mesmo dia. Mas eu e meu esposo tínhamos um compromisso naquela noite, então combinamos da gente se ver no domingo de manhã e caso acontecesse alguma coisa, alguma dor diferente ou ritmada para eu avisá-la. Naquela noite estava sentindo aquelas coliquinhas bem chatas, mas nada ritmadas... incomodava mesmo. Quando chegamos em casa e que eu deitei na cama, ela logo passou, meu querido marido e doulo (rsrs) fez compressas quentes na minha lombar e dormi na mesma hora.
Eu já estava em pródromos há um mês, sentindo colicazinhas, dorzinhas na lombar que iam até as pernas... como se eu fosse menstruar... incomodava, mas era suportável... comecei a sentir os pródromos mais intensos depois de uma caminhada que fiz com minha mãe, voltei da caminhada exausta, isso porque nem foi por muito tempo, mas pra mim já era muito... Nesse período de pródromos perdi meu tampão numa sexta-feira, eu e meu marido ficamos super felizes porque imaginamos que o trabalho de parto estava chegando, avisei minha GO Paula Lidiane e minha doula Tati, que queria me ver no mesmo dia. Mas eu e meu esposo tínhamos um compromisso naquela noite, então combinamos da gente se ver no domingo de manhã e caso acontecesse alguma coisa, alguma dor diferente ou ritmada para eu avisá-la. Naquela noite estava sentindo aquelas coliquinhas bem chatas, mas nada ritmadas... incomodava mesmo. Quando chegamos em casa e que eu deitei na cama, ela logo passou, meu querido marido e doulo (rsrs) fez compressas quentes na minha lombar e dormi na mesma hora.
E assim foram meus pródromos, tinha dias que me davam as coliquinhas, principalmente nas madrugadas, mas de manhã amenizavam... nada ritmadas... depois da 38ª semanas começamos a ficar na expectativa de vir o TP a qualquer momento... mas sempre percebíamos que eu ainda estava em pródromos... Teve uma noite que namoramos, porque pensamos em aproveitar o momento... Decidimos relaxar. Raulzinho já vinha e tínhamos que estar relaxados e curtir. Fiquei com medo de apressar o TP, mas não... foi tranquilo... Mas na manhã seguinte saiu um sangue coagulado, fiquei preocupada por causa da cor, avisei a minha doula e a GO novamente. A Dra. disse que eu poderia estar tendo dilatação. Na ultima vez que fiz meu pré natal, ela tinha verificado que eu já tinha 3cm de dilatação e colo 100% apagado. Fui pesquisar o que seria aquele sangue coagulado e realmente poderia ser o resto do meu tampão. O tampão pode ser transparente e gelatinoso, como foi o primeiro que saiu de mim, pode ter fissuras de sangue e também pode ser um sangue escuro coagulado. Percebemos que o processo continuava, Raulzinho se aproximava. Minha DPP era para dia 25 de maio.
Trabalho de Parto:
Na madrugada do dia 18 para 19 de maio (dia em que completamos 40 semanas), senti a madrugada toda as coliquinhas e dores na lombar, aquelas mesmas do pródromos, de manhã levantei achando que só era mais uma dessas madrugadas mal dormidas de dores e que logo já passaria. Mas elas continuaram... estranhei. Meu esposo tinha ficado o mês inteiro comigo a maior parte do tempo, faltando serviço, esperando o tp chegar. E nesse dia 19 de maio ele tinha uma reunião para ir. Ele foi e eu fiquei em casa sentindo aquelas dores, mas disse a ele que talvez elas logo passariam e qualquer coisa eu ligaria. E as dores não passaram, até pioraram... percebi que era algo diferente mesmo! Já estava me ligando que era o início do TP. Na hora me desesperei pois estava sozinha em casa, parei pra pensar o que era mesmo que tínhamos que fazer nessas horas... Chuveiro, bola... Peguei a bola levei pro chuveiro morno e sentei. Ai! Não conseguia ficar sentada, doía meu períneo! Em pé mesmo, fiquei de baixo do chuveiro gemendo de dor, uma dor suportável mas que incomodava e me desesperava por estar sozinha. Cronometrei e estava ritmada e com poucos intervalos. Eu mal conseguia cronometrar e muito menos pegar no celular para visar alguém, mas eu tinha que fazer alguma coisa, mandei uma mensagem pra Dra. e pra Tati. A Tati me respondeu e disse que daqui a pouco mais era para eu avisa-la se continuasse. E eu disse "ok". Mas antes de eu retornar pra ela, ela resolveu ir lá pra casa. Eu tinha deixado a porta aberta, ela entrou em casa, foi lá no banheiro e percebeu que as dores não tinham passado e estavam ritmadas e com pequenos intervalos. Ela logo ligou para minha GO mas ela não atendeu, talvez estivesse em um congresso, ligou para outra GO e ela também não atendeu, ligou então para mais uma, a Dra. Juliane, que atendeu e combinamos de nos encontrar na maternidade para me examinar. Fomos! Aiiii eu com aquela dor, não consegui nem arrumar algumas coisas que eu tinha deixado pra arrumar na hora de ir pra maternidade. (Eu tinha ouvido dizer que quando começassem as contrações eu poderia ficar tranquila e continuar fazendo algumas coisas que ainda faltavam, como terminar ade arrumar a mala da maternidade... Hum! Tá! Comigo isso não deu certo! Nem pensar direito eu conseguia...)
Chegamos na maternidade, a GO me examinou e eu já estava com 6 cm de dilatação. Ela já decidiu me internar. Continuei lá esperando a sala de parto ser liberada, sentindo minhas contrações. Enquanto isso a Tati teve que sair, resolver um compromisso dela e já voltava. Enquanto isso me deixou com outra doula, muito querida, carinhosa, a Fabrina. Ela me falava exatamente o que eu precisava de ouvir naquele momento. Me dava forças. Enquanto isso meu marido já havia chegado.
Fomos para a sala de parto, fiquei sentindo as dores que iam e vinham... São suportáveis, mas são bem fortes! E eu o tempo inteiro só me concentrava nelas. Entrei na piscina, as dores amenizavam. Eu não tinha nem comido nada, não deu tempo nem de tomar um café da manhã. Pegamos correndo umas bolachas de aveia e mel e água de coco, mas no TP eu quase nem conseguia comer, só queria água e as vezes água de coco. Fiquei um pouco sem energia. Eu quase não conseguia abrir meus olhos. Talvez foi a melhor forma que encontrava de me concentrar. Logo a Tati voltou para me acompanhar. Quando minhas contrações vinham, a Tati empurrava para dentro minha lombar, aliviava muito! Não queria mais ficar sem aquilo a cada contração. Meu esposo também aprendeu a fazer e também me ajudava.
Na piscina o TP fica mais lento, eu evoluí rapidamente para 8 cm de dilatação, mas na água eu fiquei nos 9 cm por um bom tempo.
A GO pediu para estourar minha bolsa, pois queria ver a cor do líquido amniótico. Meu marido disse que tinha sonhado que o Rauzinho tinha nascido empelicado nas mãos dele. Mas enfim, permitimos que a dra. estourasse. Essa foi a primeira intervenção que tivemos. O líquido não estava escuro e continuamos. Fiquei na Fase Ativa por um longo período até dilatar os 10cm.
Entramos na Fase Expulsiva, a dra. tinha dito que o colo do meu útero ainda não estava 100% apagado, então ela pediu para afastar o colo para que a cabeça do Raul pudesse descer. Permitimos novamente, e essa foi a segunda intervenção. Eu continuava a fazer força e minhas contrações começaram a ficar curtas. A dra. pediu para aplicar ocitocina no meu braço para ajudar a prolongar as minhas contrações. Mas essa terceira intervenção não adiantou porque nesse momento eu já estava liberando adrenalina por causa do ambiente que ficou tenso depois que a dra. sugeriu uma cesária.
Continuava a fazer força e tentava me concentrar ao máximo, muitas vezes fazia força no lugar errado. E eu só conseguia aquela força longa que eu precisava, quando as contrações vinham. Mas as contrações quase não vinham mais tão intensas. E assim, eu fui ficando muito cansada e sem energia. Tentava várias posições. E a dra. pediu para ajudar massageando meu períneo. Permitimos novamente e essa foi quarta intervenção. Não sei se ajudou muito, mas meu períneo ficou mais inchada do que já estava. Acredito que isso atrapalhou a passagem da cabeça do bebê.
A dra. ficou massageando e eu fazendo força. Minhas contrações quase não vinham mais e eu estava cansadíssima. Quando a dra. mexia no meu períneo, a contração vinha. Eu precisava daquelas "dores". Eu já nem sentia mais dores. Só me concentrava na força que eu precisava fazer. Fiz várias e várias vezes. Eu já havia sentido a cabecinha do Raul, mas ela não saia. Evoluía muito pouco. Ela vinha quando eu fazia força e as vezes voltava quando eu respirava. Achei esse processo do expulsivo muito difícil! Ficamos um bom tempo assim, a dra. falando de novo que ia indicar uma cesária e que achava que ele não ia sair. Meu marido "cozinhando em banho maria" a dra. pra ela esperar e ter mais paciência. Depois de algumas horas nessa cansativa tentativa, eu já estava quase desistindo. Disse para o meu marido que eu só queria que o Raul nascesse, não importava mais se era cesária ou normal. E ele ainda confiante, pediu para continuarmos porque os batimentos do bebê estavam bem então não tinha porquê se preocupar e desistir. E é claro que eu gostaria muito que fosse um parto vaginal. Então continuamos. Eu continuei a me concentrar. Em todo o processo, desde a fase ativa eu não conseguia quase conversar nos intervalos, eu estava muito concentrada, de olhos fechados. Estava tão cansada que se deixassem eu dormiria naquele momento. E enquanto eu continuava a fazer força a dra. disse em episiotomia. Nessa hora acredito que meu marido deve ter ficado desesperado porque ele me falava "vai amor, faz força certa! a dra. vai te cortar!" E eu continuava na minha concentração, eu já estava dando o máximo de mim, não era por causa de uma episiotomia que eu ia começar a me esforçar... Já não tinha mais o que eu podia fazer a não ser continuar... A dra. aplicou a anestesia e pegou a tesoura, eu fiz mais umas 2 forças e a cabeça do Raul saiu. Nessa hora a dra. guardou a tesoura! Ufa! Isso quem conta é meu marido porque eu estava no meu mundo, de olhos fechados, concentrada nas forças, nem sabia que a cabeça já havia saído. E eu respirava pra fazer mais força, só que nesse intervalo a cabeça do Raul ficou lá, parada até a próxima força pra sair o ombro. Eu me lembro nessa hora de uma cena que estava a doula e meu esposo do meu lado, a dra. na minha frente, a pediatra e mais duas enfermeiras atrás da dra. e todos torcendo e fazendo força junto comigo... Até que eu senti em cima de mim alguma coisa e quando olhei eu não cái na real ma hora, fiquei por alguns segundos parada olhando o Raul em cima de mim. Eu não sabia que ele já havia saído, eu estava a maior parte do tempo de olhos fechados. E quando me toquei, abracei ele. Ele estava quentinho e coloquei a boquinha dele no meu seio. Mas ele estava sem forças, quase sem respirar. A pediatra Dra. Natacha clampeou o cordão umbilical e levaram para aspirar. Meu marido foi junto e é claro que naquele momento a única coisa que queremos é que nosso bebê fique bem. Permitimos a aspiração e só depois disso ele chorou e reagiu. Nossa, quando ouvi o choro dele, aí me aliviei, porque ficamos preocupados. Meu marido nesse momento derramou as lágrimas que seguravam toda aquela tensão. Trouxeram novamente o Raulzinho para o meu colo, mas logo ele teve que ir se agasalhar. Tive 3 cm de laceração. Trouxemos a placenta pra casa, depois vamos plantá-la junto com uma árvore.
Raul nasceu as 18h57 do dia 19 de maio de 2015, com 3.695kg e 51cm.
Raul nasceu as 18h57 do dia 19 de maio de 2015, com 3.695kg e 51cm.
Enquanto a dra. terminava o parto, minha placenta caiu no chão, eu só ouvi. A dra. me disse que meu útero estava sangrando muito. Ela disse em hemorragia. Ficou preocupada e disse que precisava fazer uma revisão. Meu marido me disse que depois que a dra. saiu da sala, ele olhou como estava e não estava mais sangrando, ele se aliviou porque perceber que não era uma hemorragia. Mas mesmo assim, fui levada para a sala de cirurgia. Rebebi uma raquidiana e a dra. observou e me disse que estava tudo bem e que eu não a precisar fazer nenhuma cirurgia. Graças a Deus! Mas fiquei aquela noite sem mexer minhas pernas. Sem poder curtir direito meu bebê pois não podia nem levantar para pegá-lo. Nem me virar para dar de mama para ele. Enfim, esperei passar o efeito daquela anestesia, olhando o Raulzinho, cheirando ele quando meu marido colocava ele do meu lado. No outro dia sim, pude pegá-lo e colocar ele no meu seio de novo.
Demorei ainda alguns dias para superar e descansar do meu parto. Fiquei triste no início pelas intervenções que foram feitas e pela forma como acabou (eu com uma raqui). Mas hoje, depois de 1 mês, superei o que aconteceu, mas ainda não estou satisfeita. Acredito ainda que se tivéssemos deixado fluir e não houvesse qualquer tipo de pressão, meu parto demoraria mais, sim, mas teria sido muito mais humanizado, tranquilo e quem sabe orgásmico. Apesar de que todas as intervenções a Dra. sempre nos pediu permissão.
Ainda quero parir novamente e quero me preparar para que a próxima seja muito melhor!
Agradeço primeiro a Deus, aos espíritos de luz e nossos anjos guardiões que nos ajudaram o tempo inteiro, desde a gestação até agora. Tenho certeza que se não fosse por Deus, não tínhamos conseguido!
A minha doula Tati que me ajudou muito, me acompanhou, torceu por mim e me deu forças! A Fabrina que me acompanhou em um pequeno momento do meu TP, mas que foi maravilhoso sua presença! Ao meu esposo maravilhoso que se empoderou, segurou firme o tempo todo e acredito, que pariu junto comigo o nosso bebê! Se não fosse por ele acreditar na gente e estar lá do meu lado, eu teria aceitado a cesária. A nossa GO Dra. Paula Lidiane que nos acompanhou em todo o pré-natal, que foi sempre carinhosa e muito atenciosa em todas as nossas consultas. A GO Dra. Juliane, carinhosa e querida que acompanhou nosso parto. Mesmo havendo algumas intervenções, acredito que ela só queria o melhor para nós e pensou em nossa segurança. E a Dra. Natacha que respeitou o tempo inteiro nosso bebê. Lembrando que todos os profissionais envolvidos leram e deram muita atenção para o nosso Plano de Parto.
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